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Como decidir se vale a pena refatorar código ou não?

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A refatoração é uma prática essencial no desenvolvimento de software, pois garante que o código se mantenha limpo, legível e sustentável. No entanto, a pergunta “Devo refatorar se acho que pode não agregar nada?” é um dilema comum para desenvolvedores. Afinal, gastar tempo ajustando algo que aparentemente já funciona pode parecer desnecessário. Então, como decidir se vale a pena refatorar ou seguir em frente?

O Custo da Refatoração

Refatorar pode parecer uma tarefa menor, mas sempre envolve custos: tempo, esforço e até o risco de introduzir novos bugs. Se não houver uma justificativa clara para a refatoração, isso pode resultar em desperdício de recursos sem gerar valor perceptível para o projeto.

Por outro lado, deixar o código desestruturado também pode gerar problemas no futuro, como dificuldade de manutenção, aumento da dívida técnica e até limitações na escalabilidade do sistema.

Quando a Refatoração não agrega

Existem casos em que refatorar pode, de fato, não trazer valor imediato, especialmente em situações como:

  1. Código estável e raramente modificado: Se um trecho de código não gera problemas e dificilmente será modificado, talvez a refatoração não seja prioridade.
  2. Alterações sem impacto perceptível: Refatorar algo que não traz melhoria na performance, segurança, ou legibilidade de forma significativa pode não justificar o esforço.
  3. Prazo curto para entregas importantes: Em sprints onde há prazos apertados e o foco é entregar funcionalidades chave, a refatoração pode ser postergada.

Quando Refatorar vale mesmo a pena

Para tomar a melhor decisão, avalie se a refatoração agrega valor em um ou mais dos seguintes cenários:

  • Manutenção Facilitada: Se o código atual é difícil de manter, a refatoração pode reduzir o esforço futuro, além de facilitar o entendimento para novos desenvolvedores.
  • Redução da Dívida Técnica: A dívida técnica acumulada pode prejudicar a evolução do projeto. Se a refatoração resolve uma parte significativa dessa dívida, ela deve ser considerada.
  • Melhoria de Performance ou Segurança: Caso a refatoração melhore o desempenho do sistema ou resolva vulnerabilidades, o valor agregado será visível, tanto para usuários quanto para o time.
  • Próxima Fase de Expansão: Se o sistema está prestes a passar por grandes expansões, refatorar a base antes de adicionar novas funcionalidades pode evitar problemas futuros.

    Como decidir?

    Aqui estão algumas perguntas para orientar a decisão de refatorar ou não:

    • Há problemas evidentes no código atual?
      Se sim, a refatoração é quase sempre justificada.
    • O código será modificado com frequência no futuro?
      Se sim, refatorar pode economizar tempo a longo prazo.
    • A refatoração terá um impacto mensurável na performance, segurança ou legibilidade?
      Se a resposta for negativa, talvez seja melhor focar em outras prioridades.
    • Qual é o custo da refatoração agora versus o custo de não refatorar?
      Avalie se o tempo gasto agora justifica os ganhos futuros.

    Refatorar pode ser uma decisão estratégica, mas só faz sentido quando agrega valor real. Se a refatoração não melhora a performance, legibilidade ou segurança, talvez seja prudente manter o código como está e focar em outras entregas mais relevantes. Saber quando e onde investir tempo refatorando é uma habilidade essencial para desenvolvedores que desejam equilibrar qualidade e produtividade.

    #Refatoração #DívidaTécnica #DecisãoDeDesenvolvimento #ManutençãoDeSoftware #CódigoLimpo

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    Murilo Abreu
    Contando com mais de 15 anos de experiência na área de produção de vídeos e na área de análise e desenvolvimento de sistemas, resolvi unir o melhor destes dois universos dentro deste site, que é onde a exatidão da lógica se encontra com a criatividade do audiovisual. Isto tudo me motiva a buscar pela mehoria contínua e excelência das atividades, sempre unindo a precisão técnica com a inovação visual.